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sábado, agosto 13

quinta-feira, agosto 11

Poca-terra poca-terra poca-terra...tuuuu tuuuu

Fui com o teu olhar… que contradição a nossa condição.

Logo nos guiamos por instintos distintos do que antes tínhamos em mente distantes de pensamentos, livres de reagir sem medo de sucumbir ao que não se pode perder por não se o ter.


Desci e subi a mesma montanha contigo que antes me parecia o Everest, sem que dor ou esgar de esforço não soubesse a recompensa de Natal, por me ter aguentado e perseverado nessa luta de te ver tão perto… assim participei.


Nunca fui de facilidades e por isso a vida complicou ou será que foi por isso? que é que eu sei de facto, sei que eu acordei num lugar estranho em que tudo o que eu antes achava que tinha me houvera sido roubado, nem meus pensamentos me deixava escutar o ruído desse lugar, acordei nesse lugar estranho no banco de trás…


Esqueci-me de lembrar enquanto o veículo se movia numa direcção certa e desnorteada… logo desfiz-me das memórias que inventámos em tempos enquanto saboreámos e almejámos conceitos e receitas… não necessariamente nessa ordem.

Assim me deixei levar esquecendo de olhar pelo retrovisor.


Mais tarde quando desce a poeira, amaina a tempestade me dou conta donde estou sem bússola que funcione mas com a alma e o coração bem juntos alegres e contentes por ter tanta estrada pra andar e procuro o trilho para logo te cruzar por mares de lençóis brancos percorrer o teu quarto ao sol quente, e planeio com mapas de estradas… esse comboio quem o dirige agora sou eu, mas nunca (inconscientemente) o consigo parar. Se eu quero..?

sexta-feira, agosto 5

Existe né mais velho?

…mas, quem disse que era verdade? Paz mundial, paz de espirito… xé menino isso é ilusão!


"Trabalhar, acreditar é ver um pouco mais do que eu sou…" do que somos como pessoas, frágeis ou fracos demais para lidarmos com o que desconhecemos por preconceito, estupidez ou arrogância mal conquistada.

- Mas essa paz nunca mais vem, mais velho? - Mas miúdo, quem disse que a paz era verdade te mentiu mesmo isso num tem.


Enfraquecidos por credos, rejuvenescidos por anseios, ricos por tudo o que é material, que grande barrigada de fome se adivinha assim. Quero avisos luminosos (em néon) descrição dos perfis de quem lá ao fundo se aproxima do meu nicho retratos de quem se rege por tais padrões, quero fumo de aviso amarelo que é a cor do medo dos cagões que se pavoneiam esquecendo que iguais a si mesmos nunca seremos nem mais nem melhor.


E aprendo assim, tristemente…. com a dura verdade, num dia ou lugar qualquer. Essa paz que não se instala em mim, em nós… qual jogo do empurra pois, porque ele há sempre quem se revolta contra o normal o que está até ver indo bem ou razoável vá-se lá a saber ao certo, mas que de certos pontos de vista deve por qualquer meio (para atingir um fim) melhorar.


-Eu já vi muita coisa que faz os homens ficar tristes menino, essa coisa num existe. - Calma. Levanta só a cabeça mais velho, eu sou teu kamba. É em ti que eu acredito!


Aprendo (da pior maneira) que somos animais (tubarões?) com talvez sentidos a mais, apenas pelo mau uso que lhos damos, os demais. No ardor da desconfiança gerada pelos homens, entre os homens me vou reconhecendo me vou confiando e afirmando como o general das minhas especiais e sedutoras batalhas, meus inimigos são agora o meu mais fiel espelho por isso trato-os com um amor animal onde paixões são postas em causa e juntos em harmonia de guerra meticulosamente nos testamos.


É nessa frustração no meu limbo que eu, curiosamente distante do que somos (uns animais é o que somos) sorrio, descontraio, ensurdeço, me ameaço, recupero, me perdoo e recomeço tudo outra vez uma nova vaga de complexos contextos ou lugares-comuns como na zona de rebentação das ondas do mar… recomeço tudo outra vez, do zero.


- Obrigado menino-homem, mas afinal quem se acredita assim é grande tipo rei, menino!? - É rei talvez, grande só se for amado com a dose de respeito inerente a quem e só a quem tudo na vida viu como tu mais velho, viveu todos os estados e sobreviveu, nem por isso se entregou, fincando pé na sua verdade, crença no homem dos homens… grande só se te tiver comigo assim como agora, amigo.


Nisto, algo mais forte me impulsiona não sei se a força do mar, ou o teu sempre nunca que não se cala em mim ecoando sons em mim, assim que, recomeço… Até que não mais exista eu ou a força do mar ou as ondas do mar para nos enrolar (inspirar) nem buracos negros para nos levar as más memórias que no fundo são boas visto serem minhas…

quinta-feira, agosto 4

"…ela tinha exigido que a deixasse definitivamente em paz. E não era ele que ia lhe fazer a guerra. Só havia uma solução, ele sabia. Qualquer pessoa lho diria, a mãe, o Kasseke, o Zeca, ou até o padrinho cabo-verdiano se soubesse do caso.


Esquece parte para outra. Sim, essa era a solução óbvia. E depois? Adiantava mesmo alguma coisa saber disso? Alguma vez algum enamorado ouviu essa voz dita da razão? E tinha até dúvidas que o melhor aliado para tais casos de dor de corno, o tempo, fizesse seriamente o seu trabalho.


Claro, é o que vem nos livros e todos os conselheiros sentimentais o proclamam, o tempo é o melhor remédio para olvidar. Sempre? Que significa o tempo em face de todo um passado, mesmo que curto, pensando na mulher amada? Qual é o peso do tempo em comparação com o do amor não correspondido?"


Pepetela in Predadores

domingo, julho 10

… sonhos me fizeste crer, reais mentiras meus sonhos,

fiz-te o meu coração em palavras, palavras que nunca roubei

mostrei que luz acendiam meus versos, e tu brilhaste igual…


hoje carrego a nossa culpa, sem palavras que descrevam

a falta que nos fazes, a ausência que só cresce… sem justificação

leve de porquês, pesada de acusações


porque sonho hoje carrego a nossa culpa

com ou sem ti, a vida vai seguir o seu curso

amanhã cantarei novas palavras, mas


porque não me quero esquecer nunca, hoje carrego a nossa culpa

e tanto de tanto de culpas e desculpas porquê?

quando tudo que eu quero és tu!


segunda-feira, junho 20

boas memórias virão, sempre...

… vontade de rir quando me lembro, quando esta cabeça se lembra de seleccionar o best of das memórias que vivi… um simples e inesquecível dia de praia na Ilha de Luanda, ainda nos tempos da praia na Sorefame… uma viagem de carro à beira-mar em que a ideia é curtir a jornada "um por todos e todos por um" com a convicção que temos tudo o que é preciso ter neste mundo neste dia para sermos quem queremos ser, sem ser preciso ser dono ou sem ter que mandar…


um estado de espirito que se instala e que a falar… falando tudo se posiciona alinhado com as infinitas estrelas que depois de um imenso sol quente de curtir a água do mar e peles com sabor a sal, sentem chegar a com noite.


Parece que nada do que faço hoje é em vão, tudo tem razão... quando me permite a paz de espirito compreender quem se anima quando me vê, quem me admira só por ser a esses claro que agradeço… mas nada é o que parece, e quem se parece somos nós até que nos deixamos disso e caminhamos em frente, contentes por estarmos aqui.


Quero ver o outro lado de mim, pois sei de facto que nem sempre será assim… que seja tão bom como imagino, porque imagino sim!

segunda-feira, junho 13

amargo Tejo

não sei, mas não corro há milénios… já nem sei se poderei correr como corri. sei o que vivi, disso fiz experiência assim que nunca me fiquei por ali, nem quando me perdi - antes correndo perdido à procura que descrente à tua espera, sim é coisa das coisas que aprendi.


Teus traços, teu rosto tão irreal igual era a nossa crença como um sonho - vejo-nos cirandando à toa pela zona velha de Lisboa procurando-nos (numa missão impossível) um ao outro, inspirados pelo Tejo em nos rever para sermos dois em um no amor… que sonho! este sonho recorrente, onde ambos nos sentimos no mesmo espaço sabemos estarmos os dois ali… ansiamos o momento que jamais virá, dura toda uma noite, cedemos a vampiros que se alimentam de olhares, surripiam de ilusões, crescem de infantis decisões, assim éramos os dois antes, até que dessa intensa e artificial madrugada nasceu um sol!


Queimando a dor de ter de ser quem eles querem que eu seja, de eu ter que ser quem eles querem que eu seja.


Dor que nos magoa dessa dor nasce corajoso um sorriso, o riso que me liberta, que faz com que cada passo meu seja de agora em frente incerto, assim morrerei tremendo de emoção sem nunca sentir o teu toque sóbrio... tu sempre tonta mulher, ou tudo ou nada sem,… sem toque de verdade, na verdade.


sexta-feira, maio 27

se, a minha alma gémea

é no limite que nos aperfeiçoamos, de acordo com credos ou tendências… no lugar onde me encontro quase, quase me entrego ao desespero de estarmos sós e abandono a dignidade ao meu corpo só para me esquecer de me lembrar de ti…


nunca saberei porque tantas vezes te perdi, talvez nunca te tenha tido de facto já que nunca foste ao meu encontro, excepto naquele dia bom. lamento! e depois, isso agora não tem senão peso de culpa ou desculpa para não amar como deve de ser, uma e outra vez, todos os dias como se de uma bela e pura historia ou tarde fresca de traquinice se tratasse.


é no limiar daquilo que é a capacidade de resistência que eu mais insisto no meu erro…


talvez porque, apenas esse sempre foi meu e isso seja coisa rara para mim e que, apesar de ser engano foi vinho o que bebi quando eu soube ser verdade a verdade que escrevi porque te li, quando um poema te contei naquela nossa noite eu to entreguei (dei)…


no teu barco ias sorrindo assim distante e contente.


esse teu navio cor de sangue… quis ser parte dele, mas do que espreitei distante e não vivi, foi lugar de outra gente que invejo serem teus pois os meus (momentos) nunca ali vi e nem nunca os nossos (sonhos) saberão que tanto lutei para nos (fazer valer) entender, e tu mais esse teu nunca, nunca…


dói ainda (imenso) ecoa em incessantemente, espero que assim te livres de mim já que o eco que ecoa é como se o meu corpo perfurado pela dor fosse gruta sem fim ou navio sem proa! ferida que sangra sem cicatrizar.


esse quase (des) respeito eu pus de lado, e para provar o quanto me doía esse teu nunca fui lascivo e crime de bem (abençoado) cometi ainda que preso a ti foi o senhor mascarado de polícia quem me levou à pildra e da vergonha de um acto, da humilhação tanto tentou a humilhação que me humilhou.


quem disse que não se pode morrer de amor nunca enjoou do vinho tinto ou viveu de desamor nem sentiu perder-se o chão, amigos, amor, cão, companhia, inspiração, tacto, tecto, líbido ou compaixão…


eu (perdi-me sim) não, sôfrego sugo nesse meu vinho desse nosso efémero beijo e eterna vontade de juntos viver nunca cuspi o que senti, bom demais para borda a fora atirar…


porque é que foste tão dura sabendo que sentimentos de força e garra nutrias… coisa rara nos nossos dias pelo que vejo, essa era nossa alegria.


… se eu sei como me comportar ( sim, eu sempre soube) já que sozinho, em companhia de amigos com bom vinho a marinhar sempre fui (fomos) capaz de me auto educar.


sem escola nem luxo, sem professor dedicado ou especial, apenas da minha ténue verdade ou do meu curioso olhar fiel a acompanhar do meu pequeno punhal fiz uso, descobri a re-descobrir que só de longe enxerguei e sofro (não por falta de vista) saber que só te tenho de verdade e para sempre como ardor (gelado e frio) que queima assim a mim, a ti (sardenta | ciumenta).

domingo, maio 22

sobre aquele povo que temia o outro lado, a floresta, o escuro…


a história reza que tão grande foi o medo que o medo lhes causou que nunca mais foram os mesmos as gentes daquela aldeia, diz que depois daquele dia se tornaram pessoas de grande força e delicadeza - (ao mesmo tempo) esses atributos são uma combinação quase perfeita - para ser pessoa inteira, que ao que me parece do que vivi até agora, só têm direito a esse privilégio os que realmente se perderam, procuraram e nunca, mas nunca cederam, sofreram mas…


de alguma forma seguir um curso positivo, de acordo com as necessidades, convicções - fruto de uma educação que me estimula o encarar com particularidade esse lado da (luta) vida faz com que admire todos esses... os que se foram, e esse legado me deixaram… tem sempre quem se realize com o nada ter que fazer… mas não vou perder tempo com esses.


prefiro lembrar por onde e que experiências passou aquele povo… e imaginar quem eles são hoje onde quer que progridam, imaginar que a boa sorte ditada pela fortuna lhes tenha seguido como marcas de pés largadas pela areia branca da praia, que transpiram quando o sol aquece e que respiram ar fresco que admirem e tenham quem junto deles admire o mar, gosto de imaginar que têm vida no olhar e que o seu toque é terno (eterno)! que tenham pouco do que nada importa para que de alguma isso garanta que sempre se erguerão para ver para lá do muro da dor do medo, da lamentação... stress free. hoje pensei em ti!


quarta-feira, maio 18

O monstro do lago Ness

…há algumas coisas que sempre guardamos para nós mesmos… uma forma de se acreditar que se tem algo realmente especial, coisa de bem, maior do que quem possa disso imaginar, é uma forma de se proteger já que eles não me podem ver por dentro… sem nunca se ter entregue ao desafio de enfrentar o que quer que seja que se guarda no fundo, bem no fundo de cada um (se esconde de nós mesmos).


por experiência tenho tentado a partilha de tudo o que são pequenos anseios, grandes paixões, pequenas paixões se é que se tem medida na loucura que é amar a fome de se amar tanto que o amor odeia o amor, onde o corpo mirra ao contrário para se saciar da sede de outro corpo tomar e dessa pele se saciar… tenho vindo insistentemente a tentar por experiência ou causa de fundo, talvez seja apenas teimoso - porrada pra cima dele que é burro, o convencido!


tenho vindo (na mesma medida, talvez um pouco menos) por consequência a viver sempre o lado mais escuro da coisa… sempre que me ponho a jeito não tem quem não perdoe ou deixe passar a oportunidade para projectar tudo o que são os seus próprios receios, a desconfiança de um futuro, a verdade de um beijo, o medo de crer que se adivinha um amor puro, pode ser demais para os demais, filhos de Deus banais…


ou de menos, é tão complexo que já nem sei. até de porrada me ameaçam mesmo depois de já ter apanhado. sem segredo sem fundo sem chumbo sem graça sem esperteza sem delicadeza tipo burro igual que matumbo sem toque de sexo sem..., sem nexo perplexo igual a quem se acredita… no monstro do lago Ness (único) igual a tantos outros, os demais.


tenho vindo insistentemente a tentar sentir e receber de igual o que me vai na alma… tudo o que é demais enjoa, mas a mim já só aborrece já nem preocupa, vou me desligando, pois pouco ou quase nada me diz, nada me diz pelo menos no que toca a resultados da experiência, nem decepção nem expectativa - mera ilusão, sem tesão! nada me diz… algo canta ou encanta nessa dança, onde me esqueço da música porque te imagino tão forte que é quase real ter-te aqui encostada ao meu peito e isso é melodia que com o vento nos agita e faz levitar...


…até que acordo, O monstro do lago Ness


segunda-feira, maio 9

Fado desse meu fado

Saudades dela, vou andando bem mas, nunca é demais sentirmo-nos de novo em casa, mesmo que sejamos ou estejamos à margem do que se julga por aí ser pouco merecedor do privilégio de ser amado, mas fui… nunca é de mais sentirmo-nos novos e engraçados para alguém.


Saudades do medo seguro que me fazias ter quando me fazias crer que te ias (mesmo nunca crendo) - fazendo que não queres saber, querendo sempre voluntária estar aqui ao meu lado - eu era livre preso a ti como o sol se prende ao mar num final de cada dia sempre junto ali sem no entanto se esquecer de ir para de novo voltar… aonde se nos limita o horizonte de uma vida que nunca imaginei contigo, porque o truque é viver de verdade, a dois…


Saudades da tua rebeldia - a minha cura, que saudades do teu sei lá - o meu desejo, que saudades do teu palato - o meu alimento e vida, o fruto que me deixaste provar como se o teu mundo fosse eu… mas éramos só tu e eu… não temas nada porque são só saudades e que saudades tuas menina, as minhas.

segunda-feira, maio 2

limites e transições

Num mundo bizarro, num submundo de tudo o que são ideais que se almejam ou expectativas de um social de vida, num submundo escuro húmido e frio caem mergulhando a pique os que se foram perdendo dentro do que é considerado socialmente como natural… nesse mundo deambulam para sempre almas perdidas odiosas por disposição que se estranham a cada olhar e se consomem a si mesmas fruto de raiva mal contida… cidades sem luz nem sol sem esperança ou céu azul! …pequenas torres de Babel e eu não falo hebraico, quem sou? - perguntam-me sem desconfiança como se fosse a segunda vez (segunda vida) que andasse por ali.


Através dos meus olhos as carcaças - antes eram gente facilmente lêem a minha alma outrora atraiçoada pelos meus próprios desejos e ambições agora resignada à miséria e perda desabituada de ter porque quem tem nada possui (ou se acredita).


Vagueio e sem receio vou reconhecendo traços familiares em caras que se me desconhecem… apenas reflexos de quem nunca conheci de verdade (pois nunca vivi nem me preocupei de facto enquanto vivo) agora morto tudo me escapa … eles são mais perfeitos quando mortos pois as falhas que vejo desaparecem quando as identifico e imediatamente ali tudo se aperfeiçoa… os seus sons os seus cheiros - talvez me escondam do palato e do cheiro para que não me perca, pois por cá é melhor ser Imune à dor de quem ama e à coragem de quem acredita, sim isso é doença que queima por cá.


Ser pessoa de verdade isso é coisa de bem, e por cá é melhor escolher apenas imaginar, pois enquanto se nos cortam a frio as pequenas lembranças de quem se riu connosco enquanto foi Rei pois foi ser vivo e disso é testemunha a terra o céu e o mar, a terra ainda que vermelha que tão bem conhecem os meus joelhos pois doem-me tanto por andar dobrado à séculos que preciso por necessidade pura, como a sede seca a voz no deserto e carece de água, preciso caminhar como um homem (para me lembrar) preciso voltar a caminhar como um homem (para nos lembrar), o homem que fui… porque eu não me fui realmente embora nem tu te esqueceste mesmo de nós.


segunda-feira, abril 18

Mulheres da Rua

Mulheres da rua vão me conhecendo os membros, o meu corpo o meu queixo debruçado nos seus ombros nus… tudo a troco de um até nunca mais! em paz… que paz é essa?


- Assim, não mostro que são ruínas a base da minha estrutura ou que o meu reinado foi outrora! … tudo tem um propósito, se é assim se tudo tem um propósito então a merda que vivo e crio deve de uma forma distorcida ser essência da minha própria procura, junto-lhe sempre dois dedos de loucura saudável, e cortejo quem gostaria que fosse minha, a minha princesa mas…


Mulheres de rua vão-se chegando aos poucos sem passado nem história para me impressionar e eu agarro tudo, o mais impuro momento e aperto-as ao meu peito por um infinito segundo dure o que durar o que dói de verdade é não ter quem se chegue de quando em vez.


Admiro os casais que se entendem e vivem felizes - estupidamente felizes eu fico feliz por eles pois quando mirro engrandeço… não invejo a capa de revista porque por cá vai-se andando assim - um passo meio passo outro passo, desde que as coisas andam ou eu passo por elas mas são só coisas, pois quem anda sou eu e ando em frente… não esqueço nada, nada do que importa eu isso não esqueço, confesso é esse o meu medo. Ter sem saber ter, ler sem interpretar falar sem nos fazermos ouvir é o dilema, assim que…


Mulheres de pele nua, Mulheres de rua não são mais que aquilo que encontrei quando te quis com toda a força de amar que existe num mundo, no mundo, qual mundo?


Mulheres de rua doce o carinho que me dais, pois numa dança com elas mostram-me que a lua é minha se eu "nunca" for ombro ou coisa de sustento… Pois.

domingo, abril 10

que comboio esse!

crescia em mim uma imensidão de satisfação e sossego colmatando essa vaga (momentânea) de pleno desassossego seco - momentânea, tudo é momentâneo por mais que nos custe admitir… faria de mim pessoa de menos luta já que funciono ao contrário da maioria.


soltava em mim ácidos, toxinas de amargo sabor e "cheiro a calor" caso me fosse dada essa oportunidade… pois suo medo quando tudo está bem e bebo para me sentir pior antes que termine um dia sem história - perguntando-me:

- quem sou? numa tarde cheia de nada, intangível como a crença se afigura nos seus dias menos bons.


nada de facto mudaria, porque o melhor (e o pior) que temos somos nós mesmos agora (e em qualquer momento). há quem sempre aprenda da forma que menos dignifica o ser humano mas não tem porque se parar se disso se faz a rotina, pois sempre se vai dizendo alguns bons dias… mesmo que isso que não corresponda ao que nos vai na alma (naquele momento).


libertar… por intermédio do quê - pergunto?… não é um acto para quem está livre, é um momento de pura verdade - compreensão entre iguais, ainda que companheiros na dor de episódios juntos vividos no pretérito perfeito - o comboio deve continuar, este comboio não pára!


… foi só uma intensa e dura passagem… que m'ajudou a ser mais pessoa que m'ensinou a andar direito até que partilhe a próxima paisagem com quem encontre ou esbarre alegre e esperançoso neste trem enquanto me perco em duvidas paralelamente me procuro e encontro aqui dentro deste trem solto e raro, com destino a quem? Só Deus saberá dizer…

sábado, março 26

eu preciso… essa estrada que me espera ora aberta e livre, ora escura e sinuosa pondo-me a teste, a estrada diz-me que eu não sou dela diz-me que não sou de alguém de ninguém


- somos só livros, abertos ou fechados intensos ou tranquilos de comum somos breves páginas entre milhares de outras histórias (vidas), a estrada grita e ralha comigo dizendo passa, passa moço o mundo é teu se assim tu quiseres passa e logo não pares porque terás lugar de descanso (com calma e bela paisagem) mais adiante depois de levares com os teus anseios e receios sete vezes até que não mais caias por surpresa, se assim o fizerdes e perseguires (o teu beijo) terás de alimento fruta que te matará a sede de morrer amado nos braços de anjo ou gente da gente (que morre, falha, adoece, carece)…


falha? então quero mar para navegar, nele da minha imperfeição me curar jogarei da minha frontalidade julgo que anti-diplomacia nunca o (mar) atordoa ou o faz desconfiar e esse mar que já me estranha porque (deixei…) nos distanciámos em Lá, eu no meu tom cada vez mais grave soltando a tensão que me afinava o lado mais cru e anti-social, mas o mar que nunca se antecipa deixa-me expectante (puto) obrigando-nos a perceber que somos pequenos demais, o mar rebate sem retirar mostrando-se eternamente imenso (daqui não saio)… e eu desisto de lutar assim.


Quero ler… nas entrelinhas, menos… dá-me apenas factos, sem cactos para cuidar sem noites para me tratar e essa curiosa pessoa que me descobre (até se cansar) peço-lhe delicadamente, canta-me uma canção de embalar, diz-me que acordar é bom e que nos sentimos felizes e completos… passa a tua mão suave pelos meus ombros caídos por adivinhar (revolta) ira do mundo que hora vai - hora deixa-se adivinhar porque tudo é imundo, fede e (sem mistério) deixa-se anunciar.


eu preciso… dessa estrada desse mundo feito a fio, linha que nos foi dada para aprender a cozer… sei que o dono dessa agulha sou eu.


terça-feira, março 8

lá no horizonte

quem percorrer mais e melhor esse circulo… não foi sexta nem sábado quando me decidi que era hora, foi porque cá dentro de mim aceitei que era um facto uma realidade a que teria de enfrentar se te quisesse amar longe ou perto não importa porque ainda assim seria sempre distante dos teus cabelos dos teus desejos dos teus filhos da tua família.


sei o que tive quando te tive a meu lado, livre e sentido-me em casa por breves momentos… ai, mataria para que me pudesses crer? acho que não… é só mais uma volta no carrossel e por sinal até faço-a comigo e tu a meu lado do meu lado esquerdo para que cada pulsar teu seja meu também e assim me irrigue a memória de coisas boas que tive, só coisas boas. sozinhos fizemos um momento, depois dois momentos vários dias e um facto só nosso, do qual só me lembro de querer estar à tua altura…


até hoje, ainda hoje é o que quero ter o que for preciso para estar à tua medida do teu ser. Leva-me contigo se puderes, ou salva-me do que persigo e mostra-me quem sou dando-me o que eu realmente preciso ainda que nos custe a mudança! que seja para sempre para bem ser for mudança o que preciso… até lá sempre estaremos juntos nesse nosso círculo, ora aberto ora fechado.


domingo, fevereiro 20

para ser é preciso querer, muito!

… esse ruído intenso e desmedido, mudo faz-me querer ficar…


ouvir o que não foi dito escolher sempre um pouco (mais) do que é infinito o que não se pode comprar nem uma atenção sequer chamar, porque é nosso de direito se a isso nos quisermos dedicar, logo, logo saberemos que é nosso de direito por que foi feito assim há muito tempo… esse ruído intenso e desenfreado dos nossos dias tudo nos faz distorcer da realidade.


quem não se esquece do que sente ou precisa em detrimento daquilo que quer ou ouviu forte que sim, quem não falha uma esquina, porque ouviu mal as indicações, quem não escolhe (propositadamente) mal (inconscientemente) um caminho só para se tentar encontrar (uma e outra vez)…

- é ruído a mais para me concentrar! quem não disse ou ouviu algo assim nestas andanças dos nossos dias? quem...


é por isso que eu enquanto pude, corri contra os meus medos e demónios, atento e livre hoje confesso que nunca deles me livrei (totalmente) mas sempre, juro por Deus que sempre (ainda hoje), sempre tentei, lutei por nunca ceder esse espaço d'alma do espirito que é meu, nosso por direito, aos homens que levam-nos tudo o que quiserem de nós… se nos esquecermos de ouvir atentamente o que canta dentro de cada um de vós… de nós.


vou ver quem não se assume ou presume, quero ouvir quem nada me diz e conversar com quem apenas ouve... ser ouvido antes de alguém por mim mesmo.


tão perto quanto longe, do alto de uma montanha sei que se me centrar posso ouvir o mar junto com a rebentação a suspirar num estrondoso alivio "enfim cheguei" embater contra a rocha que a espera naquela praia forte e nua desde sempre ali, é um fim em si, de um finalmente expressar tudo o que "aquela onda" viu e não contou tudo o que ouviu mas calou esperando quase eternamente até que se lhe fosse dada a brecha para se soltar e voar pra perto dali…


gaivotas no ar sobre o mar ouço-as aqui perto comunicar entre si e o vento para as fazer voar, o seu pedaço do mundo enfrentar a levitar apenas com os "braços abertos" é seu de direito ninguém o pode negar.


Ainda que nos convençamos do facto, do que é deles do que é nosso - nada nos será dado sem luta… pelo menos onde eu vivo. é preciso dar a cara dizer aqui sou eu, um dia, dois dias uma vida, porque para ser é preciso querer, muito! … e como querer é poder, perco-me (desmaio) na minha própria bebedeira até que me belisque a vida torta, para a ir apreciando ainda assim…


domingo, janeiro 23

.. e esta voz de Domingo!?

Caros amigos estou a viver os meus dias, este ano faço a idade de Cristo 33 anos (confiante) sei que 2011 vai ser e já começou por ser um ano especial.


Tenho mais que vontade de ver ser quem sou, quero o mesmo para todos os que com quem me vou cruzando e outrora cruzei… vou começando projectos novos, quero melhorar os (antigos) que já existem ver tudo encaixar-se como num puzzle (não quero labirintos) mesmo que não seja o passo certo vou continuar esta dança (do amor) agora mais que nunca que a re-descobri - vou fazendo quem me quer bem duas vezes, quatro vezes, oito vezes mais contente que era há um instante atrás.


Vou pensando em ti, vou pensado em ti e vou continuar a pensar em ti também, de quando em vez quando sinta que o sol tocou o mar ao por-se ao dar-se a outras terras que não esta… vou andando como o Johnny Walker confiante no meu sabor e cadencia entendendo-me com a fé dos homens qual programa de Domingo de manhã.


A minha família enriqueceu temos o nosso moço mai novo, é lindo sofro por ele também (não muito) com calma quero que seja forte como eu! Amigo do mundo que o conhece, já não me alterno muito (vou com o passo certo) e vou assim me fazendo interessante… ouço musica com quem lhe dá valor como eu dou e caramba sinto-me (tão estúpido) como, completo!


Deve ser porque me tornei africano, outra vez! Amigos, Venham daí vós que sentem (dentro de vós) essa voz também...


quarta-feira, janeiro 19

I have good love for the stock exchange

Hoje ouvi da boca de um qualquer a palavra investir…


Penso na palavra e logo penso na bolsa de valores, casas, apartamentos, carros, jóias, relógios enfim coisas materiais. Logo de seguida associo também os sentimentos a essa economia de transacções e pergunto-me:


- Mas será que esta tem a mesma liquidez?, se olharmos em volta vemos que é bem mais rica e fluente pois gratuitamente nascem, crescem existem e associam-se quase sempre sentimentos aos bens materiais em que investimos, porque somos só garotos que têm mais olhos que barriga que querem ou precisam impressionar-se a si mesmos, aos amigos ou a uma mulher feita que se quer a longo termo (irmã, mamã ou assim).


Assim como na bolsa de valores, existem produtos nas transacções de bens sentimentais que podem ser classificados de duas formas:

1- quanto à duração | curto prazo (até 1 ano) e médio e longo prazo (a partir de 1 ano em diante) e;

2- quanto à rendibilidade | alto rendimento (um sonho banal ou não) que implica um alto risco e baixo rendimento (uma decepção ou parte do jogo para alguns) sem grande risco associado…

… eu podia até brindar-vos com alguns exemplos práticos mas vou passar ligeiro (livre de aspereza) pela matéria, já que nesta etapa das vossas carreiras pseudo-materiais devem ter em vós o orgulho de descobrir por vós mesmos o que se lhes assemelha se for do vosso interesse.


Os compradores podem sempre em função dos seus perfis querer apenas investir para voltar a reinvestir ou podem tirar dali dividendos para se recriarem (feito patetas) com o "sucesso" obtido, eu confesso que gosto de combinações perigosas mas porque preciso do risco (ou da tensão seguida da resolução), sei que sem essa pressão não se ganham diamantes… mas tenho pouca apetência a entender os produtos numa forma específica e singular (prefiro o geral) isso seria na minha óptica anular-se a sua essência - gosta compra, não gosta outro comprará e o seu valor manter-se-á intacto (talvez aumente) e dessa forma não se prejudica quem dele necessita mas eu assim alargo o meu panorama mercantil no todo, tudo isto inconscientemente, sem me querer tornar num expert vou assim aprendendo e uso de mim a sapiencia para ajudar a quem careça de foco emocional.


Qual o produto a investir… haverá sempre bons conselheiros para os ajudar a decidir porque sim ou porque não, mas entender a alma do comprador é a melhor forma de se lhe fornecer um serviço de qualidade, contudo é condição ter que estar no barulho ter que ir para a bolsa ter que oferecer um produto que dentro da sua esfera ou nicho de mercado preencha os requisitos elementares… não sei nem me questiono que tipo de produto seria eu se me fosse comercializar ou imaginar o que gritaria aos homens do comércio (rio-me só de imaginar)?


Seria um produto de colecção e teria lugar central numa sala onde a luz do sol fosse meticulosamente calculada para a iluminar, com vista para um jardim onde se veria a relva cor verde fresco e bem aparada com um leve cheiro do verniz e uma aragem doce com sabor a verão, onde o chão e as paredes seriam de madeira (carvalho) sólida com um espaço dedicado a mim a 100% que me esperasse assim totalmente vazio e pobre (talvez me encaixe), ou seria consumido enquanto durasse e me fosse reservado um pequeno bar (num apartamento fechado de alegria e harmonia) até que melhor então aparecesse para me surripiar a vez (não gosto)… ou ainda, (gosto desta) - seria um produto honesto que estaria de acordo com as características apresentadas na ficha técnica mas não seria completo (de acordo com as expectativas) e sofreria tantas adaptações (de acordo com as necessidades) que perderia o seu valor inicial, que era um (num mundo de Harry Potter de valor incalculável) mas que nessa coisa do: - ter-se o que se quer por que se aprende (política social) a querer chegar em primeiro sem se ver onde se foi (logo perderia o sentido)… que valor lhe dariam vós, que pensam antes de falar e que falam depois de fazer (sensatos)!?


segunda-feira, janeiro 17

luas e marés

Foi numa noite sem luar que eu vi, sem ver quem são…


Vi sem ver que são, os espaços ocos que nos enchem de ar e que nos forçam a abrir da mão soltando-se assim aquilo que achamos que nos regula e balança o equilíbrio de um andar pouco erecto, pouco esperto, vulgar, adormecido e pouco desperto para o mar de contra-informação contra-convicção, correntezas que se opõem enfrentam e confrontam as nossas ideias e vontades mais sinceras, nuas cruas... mas não.


Vi sem ver que eu não ouço chamamentos não procuro defeitos pois tudo o que é teu é meu e eu engulo sem pensar que me entorta a espinha e te faz parecer direita quando és torta, tanto quanto eu fui - numa outra vida.


Vi sem ver que essa tua maresia a consigo cheirar, cheiro-a a mais de sete mil léguas mesmo por baixo de água cheiro-te, onde os cheiros me seduzem, espicaçam e afagam a alma por te mergulhar nesse teu mar de ilusão.


Vi sem ver que nem sarilhos nem mortes em sonhos pesados subtraem aquilo que nos pertence pois é nosso de satisfação nem quedas livres ou a perda do meu chão me abrandam o que sinto, apenas me impele, empurra, vigora estimula e cresce na tua direcção como a lua atrai, "cega-nos por ausência" e endoidece os lobos para que a vejam… assumir o que é seu, enquanto é dela nesse infinito momento em que o universo é um planeta só.


Porque não nos conseguia vislumbrar no breu, cego de ver e de me cegar - expus-nos ali, um em frente ao outro, por que é assim que eu e tu somos… almas que se encontram e desencontram numa noite fria sem luar, ora que nos encontramos de novo para que seja instituído como cicatriz de arte milenar, que tudo seja obra do acaso… pois nada é!


Além do mais tu sabes, que o que nós sabemos mesmo, só nós sabemos mesmo pela sensação de termos sido iguais até não mais, haja convicção… coragem e visão (porque sem lua eu não vejo) do que vai ser o mundo lá fora se formos um do outro (juntos) por isso mesmo distantes como agora.


sábado, janeiro 15

Faith - you don't feet this shoes - no more

Quem é que tu pensas que és! … és alguém que precisa de ter um rumo e não podes continuar assim, tu! tens que seguir a tua vida, eu! seguir a minha, ou! fazer desta forma se queres ser como eu assim especial… mas que merda é esta penso eu de que, por favor prossiga (adorava ver aonde isto vai parar).


… tudo o que fizeste eu vi, as escolhas erradas na tua vida acidentada e vazia de histórias quentes sempre frias e sem fim como tu, o teu comportamento socialmente pouco aceitável fazes, achas-te! e dizes o que pensas ou te convém em qualquer onda ou lugar e isso é uma merda até as minhas amigas tu atacavas e eu sempre a ver (pois se sou livre até que me prenda, sou livre), e agora queres-me! - Mais que tudo sim, talvez te precise mais do que te quero, mas continua…


- não não agora não cabes mais nos meus sapatos, agora que eu estou bem e tenho um cão (mas porque raios te quereria eu se estivesses na merda?) pergunto-me porque, se eu fui teu enquanto carecias de alguém agora que te fiz forte e altiva quero-te claro agora estamos fortes os dois podemos rir juntos ou chorar se for caso disso, quero a nossa guerra saudável agora que estás sobre os teus pés, claro que sim… não existe dignidade em aproveitar-me de ti no chão, caída, nem concebo o inverso se vier a dar-se.


… continua assim então e deixa-me ir em paz, fica com os teus chinelos onde sempre encaixam esses teus pés sem dono nem rumo. és maluco! não sabes quem és? - és maluco, e isso sou que te digo que tenho uma posição e uma forma de entender tudo pois leio muito e sei lá mais o quê… (fantástico) penso pra mim, e eu é que preciso de ser salvo!?


… Sabes lá por onde eu já andei (diz a pessoa que tudo sabe), eu já estive nas favelas, salvei e enfrentei feras selvagens, cresci e morei em lugares fantásticos para não mencionar que mais irei fazer…, mas caramba se és tão boa porque tenho que ser eu a comprová-lo eu que o que gosto é de andar bêbado, beber com os meus amigos, amigar-me sempre que consiga e acordar todos os dias, sem ter magoado ideias minhas ou ideias de outrem que nunca irei saber quem é.


- Mas diz-me mais, preciso de mais, mais estupidez minha assim contada de forma apaixonada e de quem sempre me viu com olhos de ver, pois assim terei factos para me sarar, eu sou um homem de factos e beber à golada da minha própria saliva matando assim a minha sede de querer "subir" e estar ao teu "nível" (sorrisos). Contudo e no entanto… Ainda assim gosto de te ter aqui, estar contigo assim e claro de tu estares comigo neste infinito instante (estás mais comigo agora que sempre!)… claro que sim nem eu queria ser perfeito isso é que é uma bela m#"%/* do ca%"$#/!&.


Não queria mandar desabafos, dizer que mal me sentia queria sim desabafar-me como somos, homens e mulheres feitos para o fazer (vamos chamar-lhe desabafar) encaixando-nos um no outro, pois ainda consigo rir-me por dentro apesar de tudo o que se passa cá fora, Deus que se aguentasse pois ia ser giro!


Tudo é uma primeira vez, mas quando te precisei de facto foste tão fria que te perdoei logo ali, porque perdão é misto de escolha e alguma educação e escolher é coisa de gente graúda mas não de idade sim de acção coisa da alma e do coração… e a educação que usei não foi a banal nem sequer igual à que uso sempre (uso sempre) não foi a educação da escola nem dos livros ou dos conselhos dos velhos ou da energia dos amigos a que usei foi a da vida que conheci o que sei foi do que vi, vivi e aprendi.


Por isso te deixei ir, porque "para haver amor não pode haver obrigação" e além disso não quero amar assim não sei fazer assim… e foi isso e apenas isso que te trouxe a mim! Agora dá-me os meu chinelos de volta… ou dá-me algum dinheiro, um dólar para me por na estrada, que eu fico bem ali.


quarta-feira, janeiro 12

Granada, protejam-se!

…se o tempo é tão relativo, como nós somos?… relações que travamos, problemas que resolvemos ou procuramos nós que temos que ter sempre tudo sob controlo, emoções, sentimentos quaisquer que sejam as sensações que nos saquem da posição fetal, que nunca se desiste de tentar…


que nesse espaço infinito, o espaço é infinito o tempo não, que nesse curto espaço que é infinito, que o que quer que aconteça ali enquanto dure que seja perfeito… nunca se cessa de tentar. Aí está o cerne de tudo!


O resultado espera-se que seja apenas prazer, prazer seja o resto dessa álgebra de divisão endiabrada pelos corpos que se atraem e se repelem… já não me lembro se são protões ou neutrões… tenho andado tão ocupado a tentar ser só eu, sem perfeição nem coisa que me destaque dos demais que me esqueço de me rotular!


Sei que há quem mos (rótulos) queira atribuir por duvida ou por anseio que esse mau estar ou inquietude os deixe vazios de uma merda qualquer que nem eles sabem qual é a marca da merda, ele há de todos os tipos… porque estão totalmente atolados dela, e eu compreendo no inicio é só prazer.


cada um na sua, onda… eu tenho a minha e sou forte no que faço!


Porque acredito que tudo tem a sua verdade, o seu tempo de desabrochar.


Mas cuidar é algo que não tem preço nem relação qualidade preço apenas é bom!, saber cuidar e ser cuidadoso com as plantas, flores, jardins, pessoas, crenças, credos, medos, paixões, invejas, perigosas seduções e a diabice de gente pequena que tanto me acostumei a vivenciar que a conheço, sim privei com essa maldade de curta metragem mas de intensidade castrante, pensas que ando de óculos por aqui não?, e sempre lhe pisco o olho antes que me foda primeiro.


Para o que der e vier para quê nos desviar-mos do que está destinado para nós, hein!?

segunda-feira, janeiro 10

o verde é o novo azul

deixa sair, deixa correr esse mar que te afoga as ideias e as coisas feitas por ti…

deixa correr, deixa que ele é como um rio enérgico forte e bravo que tem que te atravessar até que se tornem num só…

deixa que ele sai vai sem que te diga quando volta para te testar qual um sete de vagas, deixa que ele se espalhe num mar salgado e se misture com o teu azul, meu.


deixa que corra o seu mar e se "oceane" em mim, deixa que rebente a sua onda numa praia branca, que se interponha entre vós, deixa que moa, antes assim que nada ser, deixa que doa, que doa à toa se eventualmente doer


larga-te da mão, não te agarres a nada nem religião nem política serão tuas luzes, larga-te de tudo larga-te de mim larga as amarras desse porto seguro e foge sem olhar pra trás sei que serás capaz, de ser assim…


deixa quem ame quem te quer bem e prova e saboreia quem te desconhece vive, vive a tua história sem intervires com os teus anseios tudo é natureza tudo tem a sua beleza se deixares ser, deixa que o mundo te ponha em posição de encontrares uma canção que entoa a tua frágil vontade de ser, feliz.


mas nunca, nunca deixas que morra a intrépida e tenaz vontade que trazes capaz de te fazer crescer, num beliscar dum dedo teu, num piscar de olhos meu, o teu sangue provar, deixa que corra


…mas não o deixes secar!

sábado, janeiro 8

Eu sinto-me fine...



Se eu te falasse como escrevo saberias que o meu beijo é como um farol aceso nesta nossa escuridão,

Se eu te tocasse como escrevo largavas o medo ou a vaidade da mão e saberias que o meu desejo é melhor ou pior do que a paixão, nada há haver.


E esse medo é ansiedade, esse anseio causa-me receio e esse teu inocente à vontade encurrala-me dentro de mim, vazio, oco como uma prisão em si,

… se eu te beijasse como escrevo terias que me dar a tua alma gentil onde nela trarias a chave que me solta como dona o meu coração ou entregavas-mo de volta, ainda que triturado ou pisado se gostasses mesmo de mim..


Eu não falo nem faço como escrevo, magoo e afasto quem de mim quer atenção ou decência, forjo, engano tudo o que sou rasgando as mais pequenas esperanças ou fantasias do amor que aprendi nos filmes.

… talvez tenha sido cedo demais.. valente e moído continuo à procura. ando um pouco mais.


Porque eu não faço como escrevo porque quem escreve não sou eu é alguém que eu conheço, que me dá sustento ou fartura de estupidez, essa força que me faz continuar,

é alguém que não é o que parece alguém que sabe sentir, lutar, crer, pensar … alguém a quem eu muito admiro que não sabe não gosta nem tira prazer dos insignificantes debates intelectuais enquanto o mundo à volta ao sol apodrece, pois sabe que amar é harmonia pura (luta dura).


esse alguém que também faz parte de mim, chora e ri ao mesmo tempo provocando alguma expressão no meu rosto desenhado quando sente o céu na noite ou vê as estrelas e o luar unirem-se cantando o silêncio da noite, os ruídos da gente dos demais, esse alguém sabe que amar é segurar um olhar que é um suspiro soltar-se devagar, que é sim ver-te chegar como se fosse assim verdadeiramente gostar, apenas ser, estar e descansado respirar.


Esse alguém vou protegê-lo de mim!


Fazer um filho ou dois e ensinar. criar um dia novo devagar para que o outro, alguém que se parece com a gente possa também assim ver quem lhe pertence a seu dia chegar.


Amar assim acho que é pra todos, não sei o que é preciso para o ter, mas quero que seja pra mim.. o futuro é agora.