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quinta-feira, janeiro 10

Querida não me leves para o hospital! Não mesmo!


O novo ano de 2008 continua percorrendo o seu leito, devagar nas zonas mais profundas e amplas, depressa aquando dos baixios e estreitos, sei que é o melhor que se assemelha a equiparar com as atribulações do viver, do ser vivo, o curso do rio.

Os meus desejos de ver melhoras para o novo ano rapidamente se esfumou, não com a lei anti tabaco, infelizmente não, porque nesse sentido a vida vai melhorar, mas não a esse sentido me quero referir.

Ao ligar a TV, deparo-me com as politiquices mal feitas, privadas de respeito, pelo povo, por quem não tem que perceber um projecto complicado, projectos complicados, como as reformas da saúde, com as discussões que nem se lhes podem chamar discussões de café, é baixo demais, são uns animais estes senhores supostamente superiormente educados, que se abordam de forma vulgar e impressionista, como se estivessem num circo qualquer, daqueles que os palhaços até se podem magoar, apenas com intuito de dar a entender que eles valem alguma coisa.

Rapidamente me aborreço…

Não vejo a hora de chegar o sol quente, mas também não quero ser doente
Sei que estou melhor em Portugal, mas querida não me leves para o hospital
E a viver neste estado, em que tudo se paga, público ou privado
O dinheiro que eu tinha, é o meu bem mais procurado
E na TV é o que se vê,
Os ricos fazem papéis em troca de dinheiro
Dignidade? Tens aí pá troca?
Sei que morre tanta gente, mas já ninguém se toca

É tão bom estar vivo
Mas rapidamente me aborreço

Sei que eles são especiais, piadas com gosto
Mas meus caros. É dinheiro a mais
Heróis de manchete, caras de plástico
Meninos de bem, mas no fundo ninguém se quer bem

É tão bom estar vivo
Mas rapidamente me aborreço

A opção de estar bem na vida, não me obriga a fazer nada disto a escrever nada destas coisas, que dizem respeito a cada um…

Mas a cada passo lento me procuro, a cada passo lento me descubro.