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sexta-feira, março 28

MUSICISTA


“Moss! o que é que fazes aí? na há choq nem berbigão…”

Poderiam ter sido estas as palavras do personagem que tomou parte do tempo, tentou tomar conta do palco, diga-se de passagem que não tenho saudades de ouvir aquele em particular, mas faz parte porque foi noite aberta, ou se preferirem todos aqueles que saibam tocar podem tocar se a isso estiverem dispostos.

E é nesse lugar, que pelo meu amor à musica eu considero muito especial, (…pelo facto de que nesta cidade a malta quer é vender musica electrónica alta - parece que pessoas a fazer musica se tornou algo de menos valioso e consequentemente um mau investimento enfim, é a democracia ou ditadura da maioria, detentora dos bares da night são eles quem ditam as marés e correntezas, deste nosso ALL-GARVE…), adiante,

A Associação Recreativa de Músicos de Faro, detém agora um novo conceito já bastante conhecido dos primórdios da música livre ou jazz, assente essencialmente na improvisação artística-musical, nos Estados Unidos não só mas também, em lugares de renome internacional passo a citar:

- New Orleans, Chigago ou a famosa Big Apple, noites de “open jam sessions”, são conceitos já de outrora estabelecidos e muito respeitados e admirados pelos apreciadores do talento intuitivo, em que, com a naturalidade das notas musicais enviadas facilmente se percepciona um novo tipo de arte.

Desta feita, poderá ser apreciado, em condições favoráveis entre portas, com a nossa loira nacional a amiga imperial, este se torna, garantidamente, em mais um destino nocturno, em que o improviso e boa vibe serão a pêndula da qualidade das noites farenses, tu podes dar o teu contributo acompanhado de amigos ou se estiverem simplesmente numa onda de ouvirem coisas novas, poderão desfrutar e abrir a mente a coisas diferentes da já triste e usada lenga-lenga da “volta dos tristes”.

Muda o disco e aproveita, será assim todas as quintas-feiras num cantinho perto da ria formosa na rua dos graffitis paralela à linha do comboio em Faro.

“- Aquele gajo do youtube costuma arranhar lá qualquer coisa quando calha…”
“- Qual gajo? – aquele, que canta só tu e eu…serás tu… qualquer coisa assim..”

“…hum, já sei quem é, é boa onda, eh eh eh… “

quinta-feira, março 27

ZANGARALHÃO


Gosto sempre…
Gosto de pensar que no atropelo de amizades de circunstância, mas necessárias, no silêncio de fins-de-semana calculados ao centímetro, de grupos de amigos que se parecem com equipas, mas não se ganha nada, nesse jogo do social, desprezo sempre! Não tenho jeito, graças a Ti! Senhor!

Odeio para caraças aquelas conversas sobre a vida, não A VIDA, a vida de quem? Do fulano ou senão do citrano também serve…

…Falar só por falar da vida de alguém que, como pessoa é boa, mas diferente de nós não está indo tão bem.
As dificuldades do percurso o cinismo de fraca qualidade que, percebo-o no terminar das conversas, sem ponta de graça, sem impulso ou estimulo humano no sentido de intensificar amizades, falo de compaixão de generosidade pura, é raro de se ver, de se criarem novos laços, é aí que eles aparecem, os momentos, esse momento sem lamentos ou resguardos, por muito distantes que se encontrem as pessoas tem de haver estimulo, mas nada de novo.

É mais fácil, e certamente mais “barato” simplesmente constatar o facto:
- Pois é pá está difícil – mas não desanimes. Caramba nada de novo, nenhuma brincadeira nova, se calhar ainda assim me sinto bem, eu sei que não desanimo, com pessoas sem o mínimo interesse no sumo da resposta, epá odeio esse marasmo do sei lá, que querem que faça, desentendo o talvez, o porquê e o se dessa questão complicada, o permitido e correcto interesse apenas na forma como se movem os peões qual tábua de xadrez, rasa e calculada, a cores ou preto ou branco sem mistura sem frescura.

Caraças como gosto de pensar que sou diferente, que se me estou cagando, assim terei de ir andado, livremente caminhando, na dor também faz parte, no amor se o conseguir fazer, realizar, será sem dúvida a minha obra de arte, no trabalho, aí caralho!

Nada de grandes esperanças, tudo bem isto é normal, passar bem para depois passar mal, mas será isto? Acho que sim, talvez é mesmo normal, mas eu sinto que esta merda só em Portugal.

quarta-feira, março 19

Espólio


Quando sinto que não me pertenço, ou que simplesmente não sei, ou penso que não sei estar aqui, não é porque estou de fora, ou posto de parte.

Mas porque agora já sei, que tanto há para descobrir, que me perco, tanto há para ver que me cego olhando directamente para a luz do sol, livros para se ler realidades para saber que me sinto duro se não mesmo burro!

A vida que vivo não é a que escolhi? As prioridades não são as que eram? Acho mesmo que não!

Nada! É assim tão simples, o tempo é quem dita tudo, é quem dá resposta, e retira incógnitas e interrogações, é quem encolhe e enche corações, talvez seja ele, esse senhor de todo o universo, que tal como um conto de fadas, aparece quando não o sabemos, dar-lhe o real valor, e vai-se-nos escapando por entre os dedinhos dos pés quando o queremos ao nosso lado, num lugar contíguo, para juntos caminharmos ao por do sol.

Quando sinto que pertenço aqui, que sei realmente quem sou, que o meu lugar é neste mundo.

Apetece-me ser mais, e mais qualquer coisa, quando estou por dentro de mim, quando estou em mim!

Peço, tal como Gideão pediu a Deus durante a batalha, que o sol parasse, que o tempo, esse senhor de toda a matemática universal, que não se mexesse, miraculosamente, dizem os livros dos antigos que, conseguiu, depois acordo!

Porra! Tinha de me inundar de merdas destas, para me foder a cabeça!!!

Oh tempo! Volta pra trás…

Traz-me a fé que eu já vivi!