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segunda-feira, dezembro 27

só tu e eu

… está difícil dormir, sofro.


dá-me o sono e a paz de volta! doí-me a parte interna da barriga. Neste tumulto de emoções arquitecto formas de te amar, no teu quarto no teu mundo… quero tudo de ti.


as sensações que tenho trago e habitam comigo neste carrossel de sentimentos são descritíveis mas facilmente perceptíveis.


sinto tudo agora, estou num estado de alerta constante (fica comigo) vivo o amor como uma guerra, onde se dá e se leva, desta feita quero ganhá-la e "morrer" nos teus braços... é assim nesse grau de gostar, que gosto de ti.


Não quero promessas de um amor eterno, mas amo-te de paixão como no limite de tudo o que é mensurável, nem sei se assim com tanto de sangue de suor e de lágrimas chego a ser ou sou feliz, mas gosto.


No entanto prometo-te (vou ver-te esta noite) que hoje sou teu e faço votos para que amanhã (às escondidas…) me sinta igual, apenas mais completo (deixa-me entrar pela janela do teu quarto). é nítido, tudo é nítido agora, és tu. encontrei.


(deixa-me ser...)

quinta-feira, dezembro 16

eu bem te avisei, menina bonita vai-te fazer...

é estranho, querias a minha… seria devoção, adoração, paixão, atenção, distracção? amor não seria com certeza por que te sinto mal...


procurei usar de mim com ideias sensatas e alguma razoabilidade pois o nosso caso poderia tornar-se apenas mais um caso banal, "dá sopa aos teus.." igual a mais uma noite de fome de comer, assim que guardei-me, guardei os meus sentimentos tanto quanto achei que devia ou conseguiria guardá-los pois, mas não sei ainda se foi tarde ou cedo demais só o futuro reserva complexas respostas a tão simples questões.


acima de tudo nunca te larguei de mim quis sim porque amar é dar para receber que te sentisses livre em mim, é perder para poder reencontrar conheceres-te em mim, descurava e não sabia que te causava loucura ou paixão essa nobre e generosa camaradagem que o querer estar contigo por ti entregue a ti te cegasse, e que assim cega de um desejo que não eu, deslumbrada, crescesse em ti essa vontade por qualquer bicho que não eu que te cheirasse a homem que não eu igual de mim.. doeu mais a ti do que a mim.


depois entreguei-os de bandeja, os meus sentimentos eu que penso dei-os de bandeja, eu que penso não pensei que o que se oferece numa bandeja come-se, comem-nos as pessoas, os bichos, enfim uns animais que é o que somos essencialmente, antes sermos quem somos, uns animais.


no entanto, dói saber que nada te posso pedir, pelo que, o que preciso ou ainda não encontrei, ainda!, não é o que tens para dar, do mesmo modo que outra pessoa que não veja, a quem coitado de si a visão lhe tenha sido negada fruto de acidente ou ordem de cima, pedir-lhe - vem até mim!,


seria de mais pedir-lhe que viesse a mim atravessando mares cortando rios nadando por desertos ou contornando montanhas para se encontrar de mim.. o meu senso escapa-se do bom mergulha no péssimo e torna-se excelente mas dói e essa dor só me dói a mim, para que assim perdure essa tua juventude, espírito de conquista esse teu entusiasmo e gozo que tu trazes no palato ao saborear as carnes que te oferece o tempo num templo insano, enquanto ele o tempo se exalta louco num frenesim a teu favor - nada de mais, quero que dances e cozinhes e ames e te entregues por demais ainda que não a mim.


… pelos prazeres que tem esta vida…, e a vida para ser tem que continuar e cá estaremos para te beber, num copo de cristal porque palavras são só palavras quisera eu que fossem pedras em castelos que são nossos e que assim me fizesse completo num sonho portanto, tomar-te em pequenas goladas amargas no teu líquido ser porque um dia que não este amadurecerás e tornas-te-ás muito mais que alguém quem um dia foste… de valor humano.


mas não hoje, por agora és intragável pelo mal igual a outros já de historia vencida ausentes em mim causaram de mim transtorno marco de transição para um outro planeta - uma vida melhor, rindo-te triste por expores a minha alma até então pura fazer pingar sobrando a vergonha gordurosa apertada pela loucura mistura de suco, qual tinta de pintura a óleo se inspirou e criou em quadro na galeria de exemplos para todo o burgo saber que menina bonita só te faz sofrer!


foi ele quem se fez sofrer - gritava a plebe, não houve quem que o tenha forçado a entrar ali, nela, dentro dela sem fundo nem chão que lhe desse suporte ao doce voar que lhe enchia a paixão… mas a frase "menina bonita vai-te fazer sofrer" no vento ao vento voou e voou e até hoje num dia em que o sol brilhe onde os pássaros cantem num jardim comigo ali a nadar nua à minha frente naquele lago ela me venha a mim beijar… sempre sinto um arrepio em mim, num movimento instintivo olho para a ver chegar, ela vem, serpenteando os arbustos a leve morna brisa com um aviso do vento nos lábios frios sopra:


- o vento diz que parado se quer o amor, sem tempestades ondas ou turbilhão sem ferida nem arranhão ou corte na pele que não cicatriza como tatuagem não morre mas mata lentamente e causa a dor, o vento diz que parado se quer o amor, o vento diz que… o vento diz.. o vento diz.


terça-feira, dezembro 7

Não quero mais rua

Carrego essa carga leve, estes dias são sérios, nestes dias não me que esqueço do que fui para conseguir ser.. sóbrio de ideias, ter força no meu carácter almejando com isso afectar quem me desse loucura ou paixão. Sou só eu, agora.


Não quero mais rua, a ideia de amar muda quando se a vive de frente essa ideia, e se torna dura essa realidade.. a tendência é desviar-mo-nos dela, dele "do amor" como nos desviamos de quase tudo o que não percebemos ou nos custa dinamizar.. não quero mais rua..


..quero ser violento nesta luta do saber, tréguas jamais vos darei mas sei o que fazer, vou fazer de ti um chamamento anti-perdição quero assim rasgar de mim o que está podre, largar o meu suor inflamável e com ele queimar as peles do meu corpo - testemunhas do meu viver e morrer, que, como rémoras se seguram grudadas nos meus sonhos, nossos dias a dois quero livre imaginar, um castelo de sonhos nas nuvens rir-me contigo à gargalhada e voar até à lua. Por lá levitar..


Não quero mais rua dá-me essa luta diz-me que sim que podemos jogar, juntos vencer, cada batalha após batalha.. soltos, vivos de desejo, seguros de nós mesmos e sem medos esmorecer.. Mas não me dês mais porque eu não quero mais rua.



Como dizia o outro, se "o amor é fodido". Feliz Natal Bom Ano Novo e Fodam-se todos!