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segunda-feira, janeiro 10

o verde é o novo azul

deixa sair, deixa correr esse mar que te afoga as ideias e as coisas feitas por ti…

deixa correr, deixa que ele é como um rio enérgico forte e bravo que tem que te atravessar até que se tornem num só…

deixa que ele sai vai sem que te diga quando volta para te testar qual um sete de vagas, deixa que ele se espalhe num mar salgado e se misture com o teu azul, meu.


deixa que corra o seu mar e se "oceane" em mim, deixa que rebente a sua onda numa praia branca, que se interponha entre vós, deixa que moa, antes assim que nada ser, deixa que doa, que doa à toa se eventualmente doer


larga-te da mão, não te agarres a nada nem religião nem política serão tuas luzes, larga-te de tudo larga-te de mim larga as amarras desse porto seguro e foge sem olhar pra trás sei que serás capaz, de ser assim…


deixa quem ame quem te quer bem e prova e saboreia quem te desconhece vive, vive a tua história sem intervires com os teus anseios tudo é natureza tudo tem a sua beleza se deixares ser, deixa que o mundo te ponha em posição de encontrares uma canção que entoa a tua frágil vontade de ser, feliz.


mas nunca, nunca deixas que morra a intrépida e tenaz vontade que trazes capaz de te fazer crescer, num beliscar dum dedo teu, num piscar de olhos meu, o teu sangue provar, deixa que corra


…mas não o deixes secar!

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