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sábado, março 26

eu preciso… essa estrada que me espera ora aberta e livre, ora escura e sinuosa pondo-me a teste, a estrada diz-me que eu não sou dela diz-me que não sou de alguém de ninguém


- somos só livros, abertos ou fechados intensos ou tranquilos de comum somos breves páginas entre milhares de outras histórias (vidas), a estrada grita e ralha comigo dizendo passa, passa moço o mundo é teu se assim tu quiseres passa e logo não pares porque terás lugar de descanso (com calma e bela paisagem) mais adiante depois de levares com os teus anseios e receios sete vezes até que não mais caias por surpresa, se assim o fizerdes e perseguires (o teu beijo) terás de alimento fruta que te matará a sede de morrer amado nos braços de anjo ou gente da gente (que morre, falha, adoece, carece)…


falha? então quero mar para navegar, nele da minha imperfeição me curar jogarei da minha frontalidade julgo que anti-diplomacia nunca o (mar) atordoa ou o faz desconfiar e esse mar que já me estranha porque (deixei…) nos distanciámos em Lá, eu no meu tom cada vez mais grave soltando a tensão que me afinava o lado mais cru e anti-social, mas o mar que nunca se antecipa deixa-me expectante (puto) obrigando-nos a perceber que somos pequenos demais, o mar rebate sem retirar mostrando-se eternamente imenso (daqui não saio)… e eu desisto de lutar assim.


Quero ler… nas entrelinhas, menos… dá-me apenas factos, sem cactos para cuidar sem noites para me tratar e essa curiosa pessoa que me descobre (até se cansar) peço-lhe delicadamente, canta-me uma canção de embalar, diz-me que acordar é bom e que nos sentimos felizes e completos… passa a tua mão suave pelos meus ombros caídos por adivinhar (revolta) ira do mundo que hora vai - hora deixa-se adivinhar porque tudo é imundo, fede e (sem mistério) deixa-se anunciar.


eu preciso… dessa estrada desse mundo feito a fio, linha que nos foi dada para aprender a cozer… sei que o dono dessa agulha sou eu.


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