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sábado, junho 2

Para uma vida melhor




Estou nos meus vinte e nove anos, com todas as incertezas do futuro, com todas as certezas de um presente, bem simples, bem bom.
Pergunto-me se não se vive demasiado depressa, com as enormes decisões, algumas de estrutura como a casa para se comprar, outros com o filho para criar, não sei muito bem, ouço queixarem-se, vejo casarem-se, afirmarem de convicção que se pode ser feliz. Outras de conjectura como para onde vou trabalhar, ou - que irei fazer de carreira!? Ainda sou solteiro e despreocupado, QB!
Em conversas de intelectuais é fácil concluir, que as pessoas se juntam, casam, por razões, meramente práticas, sejam elas económicas ou sociais, não interessa, ainda assim práticas.
Mas e o encantamento que eu vejo nos filmes, onde ainda se joga ao ataque, e se respeitam paixões, como o filme que vi do Tom Hanks – Sleepless in Seattle – em que do nada se criam verdadeiras, reais, as fantasias de todo o homem?
Eu gosto de pensar, que talvez, seja apenas, uma questão de perspectiva, mas também eu, vou estar no plano que irei desenhar, não importa, vou falar, ainda assim.
Se todos temos de fazer algo, na vida, enquanto aqui andarmos, ou não, teremos coisas à nossa volta, de cada vez que nos virarmos, teremos uma realidade em frente a nós mesmos como indivíduos, de cada vez que avançamos, teremos, novas paisagens, etapas ou estações.
Fazer cada percurso, cada etapa, por si só, não me traz novidade, o receio, de ser feliz, o receio de falhar, é algo a que nunca me irei habituar, haja amigos ao longo da vida!
A capacidade de ser competente, a estabilidade, o conforto, o estar bem, e de bem com o meio em que se está inserido, é uma coisa que me apoquenta, já que a vida não pára, não pergunta, não responde, apenas, acelera ou abranda, aumenta ou diminui a intensidade com que nos enrola.
Conforme o que se está a passar dentro de cada indivíduo, o lugar, a altura, o timing.
É talvez, assim que se devam tomar ou não tomar decisões, encontrar ou não respostas, eu acho que elas andam aí! Agora. Se estou a fazer as perguntas necessárias, ou adequadas, esse é que é um grande dilema. Mas eu acredito, que quando chove todos devem ter o seu cantinho, o seu abrigo de acolhimento, seja em que moldes for, há que acreditar, ter fé nisso, se a viagem acelera, quem viu que acelera, sabe o que tem a fazer, quem não viu, ou não sentiu, vai ter de se aninhar, c’a Maria ou c’o Manel, que o sol já foi, enquanto a noite cai…

1 comentário:

Paulo disse...

Uma visão interessante. Realista!
Abraço
Paulo