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domingo, julho 1

Bonomia


"Qualidade do homem que é bom, afável, simples e crédulo."

Esta semana foi bem amalucada, conheci o festival med em Loulé, med vem de mediterrâneo, é um festival no mínimo sui generis, pela localização, no centro velho, da cidade de Loulé, confere um grau de antiguidade, ao evento.

É um acontecimento preenchido, e bem, por toda a gastronomia, igualmente do mediterrâneo, alcançando a Grécia, passando por Portugal, até aos antigos, do Egipto.

A parte que mais me agrada, nestes acontecimentos, é sem duvida, a descoberta, a descoberta de nós mesmos, de pessoas, sabores, de novos e diferentes sons ou formas de expressão artística, contudo, não posso deixar de frisar, que a maioria das pessoas, que lá encontrei, tinham um brilho no olhar, as miúdas, estavam lindas, que quase chega a ser sensual, romântico, sexualidade.

Faz bem à pele, ir ao festival med, ainda temos mais festivais para ver este verão, como o festival de musicas do mundo em Sines, o qual descobri, através da minha amiga Inês, há dois anos, onde a surpresa foi geral, ainda me lembro de estar à beira da praia, a tentar comprar o meu jantar, naquelas filas de tempo ilimitado, e sentir um balanço, nada frequente, uma toada que aliava o rock ocidental, à tradicional, cadência rítmica africana, deveras forte.

- Quem são estes gajos? Perguntei. - Ba Cissoko. Respondeu o João. - Donde vêem?
Tornei a questionar. - Da Guiné Conakry. - Muito bom! Verbalizei fechando o diálogo.

Foi bonito, uma massa de ocidentais, aos pulos, num recreio de ritmos, batidas, e vibrações jogando com a banda africana, sentia-se tudo em transe, naquela grandeza tudo era possível, tudo era possível, todos éramos um só.

Sou muito forte, como tal, levei a minha mamã a ver hoje o último dia de concerto, lá fomos os dois, duo Angola Brasil, agradável, já que a mãe é de Angola, teve tudo a haver.

Mas, sabem como é, muita gente, malandragem jovem, tudo a ocupar espaço, não havia cadeiras, tive de agir, batalhei, não obtive sucesso, diziam-me: esta está ocupada.

Ai meu Deus, que me estava já a irritar, a determinação das pessoas, a defender o que não era de ninguém, enfim, não me deixei aborrecer, agarrei no engenho, e á boa moda portuguesa, levei de vencida a guerra.

Oh amigo, desculpe lá é que tenho ali a minha mamã de pé, arranja-me uma cadeirinha? Por favor? - Pode levar o prato e tudo se quiser. Respondeu o cozinheiro, sim. Ataquei a parte da retaguarda dos restaurantes, do Palco Bica, onde a noite anterior, tinha terminado, com uma serenata de jazz.

Sentei a senhora mãe, fui procurar uma cerveja de pressão, uma imperial, a da glória, apreciei cada golada, agora, residia no meu mais cuidado bem-estar, harmonia, as famílias acompanhavam com palmas, os ritmos brasileiros, das duas guitarras clássicas, os brasileiros chamam violão, conseguia gozar, enquanto sorvia as palavras do português do Brasil, que bem que se está no Algarve, pensava, ou em Loulé, é isso mesmo, ele há dias assim.

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