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domingo, novembro 9

meu ser que sente


Este fim de semana, fiquei por casa, a troca de sonos ajuda, pude amanhecer com o amanhecer, e passear por faro, pela floresta do Ludo, dali aproveitei andar mais um pouco, criar uma finalidade e fui até à Quinta do Lago, ver um amigo, era cedo de mais, manhã de sábado, sabem como é.

Fazia tempo que não me testava na bicicleta, toquei á porta ninguém respondia, tinha no encalço fisgado um belo copo de água, para me acompanhar com uma bela barra de chocolate, que trazia no bolso do corta-vento, toquei novamente á campainha, a mandei pedras á janela do quarto onde ainda se aconchegava, bati no vidro, nem cão nem nada, àquela hora, vivos só os pássaros, e alguns bifes a jogarem golfe, decidi então por ali comer o farnel, terminei bebendo um pouco de água, da torneira da churrasqueira.

Belo lugar para se acordar tarde ao fim de semana pensei, quando me decidi, a voltar para casa, as minhas pernas tinham bebido do descanso, não o suficiente, mas também não se pode ter tudo.

Desta vez foi duro, sem me aperceber concentrava-me no ritmo forte de pedalar, e perdia tudo o de mais que ali mora, reflecti, abrandei a marcha em sinal de aviso a mim mesmo, fiz um esforço, para apreciar os cheiros frescos que deita a terra pela manhã, visualizar o bem estar dos patos e garças que me ladeavam em grande parte do caminho, não foi fácil, fez-se o que se pode, dadas as condições duras com que me defrontava.

Há quem diga, vá-se lá saber porquê que estes passeios, são lá no fundo, forrado de alguma perversão imagino, um acto de auto flagelo, masoquismo, não sei porque se pensa isso e menos por que dizê-lo a quem como eu lhe dá valor, o valor positivo.

Talvez, se tenham cansado de lutar por serem mais do que somos, mais curiosos, e encontrar respostas ás legitimas perguntas que se nos cria o espírito de ser criança, sagaz, e porque não inteligente, não sei mesmo, não vou por aí.

Pergunto-me, se:
- Ainda me estou a ajudar? Como ver as coisas em perspectiva? Em que eu não seja só eu, sim altruísta, honesto, frontal e verdadeiro com a minha pessoa e condição?

Não se põem de lado assim num estalar de dedos a sensibilidade dos porquês, porque me pesa o rabo… bom sem me querer perder, foi este fim de semana, fiquei comigo, tentei forte, contudo, não me consegui compreender tal como almejava, aproximei-me de mim, do meu ser senti-me mais pequeno, não tanto como aguardava, mas também não sou o mar nem escalei montanhas, para me apequenar, aguardo-me por isso. Eu sou só eu.

Quero ir para o campo onde o que sinto é escassamente o meu pó no ar, o que falo é o meu som que percorre pela esplanada, o que vejo é uma dádiva seja qual for a quimera, e o que como é puro e sem corantes nem conservantes, alimento que se estraga, de parco costume, e apodrece com sol, sem desvios, nem pretextos, o fundamento é existir, como o sobreiro que já ali residia, soube quieto persistir, resistir ás alterações climáticas, sem se esquecer de viver o mesmo que viveu quando ali lhe foi dada a vida sem garantia, nem permuta.

1 comentário:

CANHOTO* disse...

:D
Que horas eram qd passaste, Tubarão?
Epá, desculpa lá...
Realmente senti o tlm a tocar mas automaticamente rejeitei a chamada e voltei a dormir...
A noite de sexta nem foi dura mas tava precisar de dormir e embalei forte num sono profundo...Daqueles sonos revigorantes.Sabes como é!
A campainha da minha casa tá avariada, falta de pilha daí não ter dado sinal de vida...
Foi pena:)
E azar para ti, amstrong da Horta do Peres :D
Tás sempre convidado a entrar a qq hora a qq altura;)
Abraço Shark

P.s. - é bom voltar a ler-te, agora q escreves com mais reguralidade;)