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quinta-feira, setembro 18

Num clique fiquei na merda, e tu ficas-te-te a rir

As situações de uma vida cheia, plena, passam por grandes momentos de uma partilha cega de julgamento, e enorme qualidade, na qual, essa vida acarreta também os baixios, ou o que julgamos serem os baixios, falta de perspectiva a nossa...
Somos mesmo assim de um instante para o outro estamos bem, tão bem que quase somos loucos, pensar que vemos o que mais ninguém vê, é como um toque de magia, um milagre dos nossos dias, esse estado de alerta de sobrevivência.
que nos faz inalar o ar com outro sentido, o pulsar do sangue que me correm as veias, se torna em cafeína dura pura, que rebenta de energia, ouço os sons do mar com os meus dedos soltos das unhas porque hoje sou um conjunto de peças, unha, dedo, osso, pele, jogar á bola deve ser difícil, ser profissional do FCP, quem dera Deus tal esplendor envergar a essa camisa!?

Pena sermos tão poucos críveis da nossa ténue e efémera existência, o quinto andar, 5ªE (quinto esquerdo), vou lá sempre que ela me chama, porque respiro saúde e lucidez! Força, carácter! Não sei, vou porque ela me chama, vou porque mais ninguém a ama? Vou porque tenho rima, ou vou porque estou sozinho e também não tenho programa sempre que ela me chama.

Sei que ela não me ama, sempre que lá vou, levo a estúpida da minha expectativa para lhe pagar, mas nunca é tanto o que custa o jantar, tenho sempre troco de decepção, o mesmo de sempre, garantido tenho sempre o não, será que é a rotina que eu amo, o chegar o sentar o levantar e ser eu mesmo:

- Então como foi o teu dia, tens falado com ela, com a tua Ex.ª? As perguntas de grau de intimidade relativamente perto, talvez demasiado perto, são um problema, porque assim não sou mais homem, sou menos, um pouco menos de mim…

– Será que ela me ama? Ela não me ama vê-se no modo como se curva em si, pensando em si, como eu lhe poderei ser útil, este mundo é feito disso mesmo, homem pensa, pensa homem, não te deixes absorver mais.

- Em quebra dentro de si o filho dá-lhe a força para lhe perguntar se ela o ama. - Amas-me? – Não, não. Tu sabes o que está a ser. Somos só amigos França!

E ela responde que somos só amigos, ai ai mãezinha, o que é que me foste ensinar que eu nada sei!?

E se eu pergunto e ela me responde que eu sei, que eu deveria saber de antemão, que eu nem deveria criar tal cenário… oh não. Já estou naquele lugar...

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