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quarta-feira, dezembro 19

Beijo da Vida


Não conseguia dormir, até que me lembrei de ligar o ipod para ouvir uma voz suave que me embalasse, me fizesse esquecer, e assim adormecer…ao invés acabei por me lembrar, foi do forte vento que soprava em tempestade que com a mistura da musica da sade, kiss of life, me fez sentir remorsos, de ter “perdido” uma amiga há tempos atrás, e talvez até ganho uma inimiga. -sim, ou sim ou sopas,

Lembrei-me da última mensagem que recebi dela, “não sei se vou voltar a ser tua amiga” dizia, abalei, pensava para mim, que mal fiz eu!? Devo ter sido péssimo! Para me responder assim, continuava, será que há tempo neste mundo que nos valha, para limpar a merda que nos cobre? – Não sei, sinceramente, mas espero o tempo que for preciso.

Comeu-me as entranhas ler essas palavras, ali, senti que tudo estava no chão, mesmo tudo no chão.

Só o amor á vida nos pode dar algum senso de perspectiva nesta altura, a luta de ser feliz será esse o seu contratempo, aleluia irmã.

Quero aproveitar os dias que seguem, nos entre tantos de sorrisos e cólera, soluço balbuciando pela casa enfermo de whisky, cansado de chorar, sem pena de mim, apenas resignado com a vida, resignado com a condição que é vida dos homens sem fé nos outros homens, na natureza, na humanidade, mas não eu, apenas chorava por me encontrar naquele lugar…

donde se alcança o horizonte, e donde se vêem os homens caírem de tanto lutarem, ganharem, perderem, lá do alto donde se percebem as vicissitudes dos abraços fortuitos que se recebem, em mensagens sem grande carga, ainda assim estão lá os pequenos traços da ilusão do que é querer viver em harmonia,

…daquele lugar lá do alto do cume, em que me vejo sentado sozinho, ao sabor não do vento forte e frio que sopra, mas das brisas frescas de verão, com fé de que se houver reencontro, estejamos os dois em paz, que mais se pode querer, que mais se pode pedir, com os anos de aperfeiçoamento ou melhor será dizer sofrimento, que estejamos os dois em paz, para então nos perdoarmos em paz.

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