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sexta-feira, maio 27

se, a minha alma gémea

é no limite que nos aperfeiçoamos, de acordo com credos ou tendências… no lugar onde me encontro quase, quase me entrego ao desespero de estarmos sós e abandono a dignidade ao meu corpo só para me esquecer de me lembrar de ti…


nunca saberei porque tantas vezes te perdi, talvez nunca te tenha tido de facto já que nunca foste ao meu encontro, excepto naquele dia bom. lamento! e depois, isso agora não tem senão peso de culpa ou desculpa para não amar como deve de ser, uma e outra vez, todos os dias como se de uma bela e pura historia ou tarde fresca de traquinice se tratasse.


é no limiar daquilo que é a capacidade de resistência que eu mais insisto no meu erro…


talvez porque, apenas esse sempre foi meu e isso seja coisa rara para mim e que, apesar de ser engano foi vinho o que bebi quando eu soube ser verdade a verdade que escrevi porque te li, quando um poema te contei naquela nossa noite eu to entreguei (dei)…


no teu barco ias sorrindo assim distante e contente.


esse teu navio cor de sangue… quis ser parte dele, mas do que espreitei distante e não vivi, foi lugar de outra gente que invejo serem teus pois os meus (momentos) nunca ali vi e nem nunca os nossos (sonhos) saberão que tanto lutei para nos (fazer valer) entender, e tu mais esse teu nunca, nunca…


dói ainda (imenso) ecoa em incessantemente, espero que assim te livres de mim já que o eco que ecoa é como se o meu corpo perfurado pela dor fosse gruta sem fim ou navio sem proa! ferida que sangra sem cicatrizar.


esse quase (des) respeito eu pus de lado, e para provar o quanto me doía esse teu nunca fui lascivo e crime de bem (abençoado) cometi ainda que preso a ti foi o senhor mascarado de polícia quem me levou à pildra e da vergonha de um acto, da humilhação tanto tentou a humilhação que me humilhou.


quem disse que não se pode morrer de amor nunca enjoou do vinho tinto ou viveu de desamor nem sentiu perder-se o chão, amigos, amor, cão, companhia, inspiração, tacto, tecto, líbido ou compaixão…


eu (perdi-me sim) não, sôfrego sugo nesse meu vinho desse nosso efémero beijo e eterna vontade de juntos viver nunca cuspi o que senti, bom demais para borda a fora atirar…


porque é que foste tão dura sabendo que sentimentos de força e garra nutrias… coisa rara nos nossos dias pelo que vejo, essa era nossa alegria.


… se eu sei como me comportar ( sim, eu sempre soube) já que sozinho, em companhia de amigos com bom vinho a marinhar sempre fui (fomos) capaz de me auto educar.


sem escola nem luxo, sem professor dedicado ou especial, apenas da minha ténue verdade ou do meu curioso olhar fiel a acompanhar do meu pequeno punhal fiz uso, descobri a re-descobrir que só de longe enxerguei e sofro (não por falta de vista) saber que só te tenho de verdade e para sempre como ardor (gelado e frio) que queima assim a mim, a ti (sardenta | ciumenta).

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