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terça-feira, junho 19

Passei primeiro por Roterdão III


(...)Acenei, em forma de adeus, tal como nos filmes, tentando ganhar a intensidade a cada momento, respirei, o bairro era cinzento, agora já estava a fazer o tal frio, característico daquela zona da Europa.

Só depois me voltei, dei de caras com o meu hotel, o tal hotel em que tinha feito uma reserva on-line, o StayOkay Hotel, ao espreitar, distante, da berma do passeio, através dos vidros embaciados, logo no rés do chão, podia vislumbrar, um grupos de adolescentes em redor de uma mesa de snooker, num lado da porta, do outro lado da porta, estavam clientes do hotel, em mesas de café, a tomar copos e cervejas de final de noite, eram onze e meia da noite.

Dei os primeiros passos, tranquilo, em direcção á porta, chegado à porta, apliquei um forte empurrão, queria entrar com tudo, porém, a porta não se abriu, só depois reparei que estava trancada, toquei à campainha, espreitei para dentro, outra vez, agora, via-os bem, os empregados na recepção, um homem dos quarenta anos e uma rapariga mais nova, a memória que tenho dela foi-se, ignoravam-me ao de leve, sem me fazer sentir mal, mas nada mais faziam, eu ia esperando, que findasse, o que um tinha para dizer ao outro.

Finalmente, um deles, o homem, veio ter à porta, abriu-a, fez-se o cumprimento e disse-lhe que tinha uma reserva em meu nome, o homem, indicou-me o caminho para o Hotel.

Ao entrar, pude sentir o cheiro, cheirava a um lugar fechado ao fumo de tabaco já de longa data aí arraigado, era essa a resposta ao nível de hotel que eu tinha arranjado, era uma sala comprida, mas de pequenas dimensões, assim que se entrava, defronte estava uma mesa de snooker, olhei rodando a cabeça sobre o meu ombro direito, desse lado estavam as mesas de café ao fundo, dessas mesas via-se a rua através de uma vitrina que ali estava, mais para dentro, estava uma escadaria, uma que subia, outra que descia, para a cave, onde se encontram os cacifos, andei, para o outro lado, fui para a recepção, oficializar o meu pedido, já que, aquando da reserva não fora debitada a quantia, era apenas na altura de entrada em hotel, que se pagava.

Tratada a parte da papelada, fiquei a saber que eu ia partilhar o meu quarto, com mais cinco estranhos, ainda tinha que fazer a minha cama àquelas horas, caso quisesse dormir decentemente, num lugar limpo. – que irei encontrar quando lá chegar ao quarto? Pensava para mim…

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