terça-feira, junho 19
Comportamento
O seu ego era enorme, a sua quase, mesquinhez, vontades de ganhar de agarrar o que lhe não era de direito, tinham-lhe custado, mais alegria, mais calor, mais sorrisos, atenção, mais paz, e mais amor.
Assim, foi andando, consciente, de que tardava a ser melhor, melhor criança, melhor homem, melhor amigo, melhor vizinho, melhor irmão, melhor filho, tardava em sentir carregar, consigo ao peito, também melhor coração. – Tu nunca hás-de mudar! – Hás-de ficar sozinho! Só pensas em ti, e em mais ninguém.
Os anos, como o tempo, não vacilam, e como um rio, foram-se passando, nessa vida, ao longo do percurso, este homem, hoje um homem, foi vivendo, aprendendo, toldando situações.
Em que se lhe era exigida, muitas vezes, umas vezes a bondade, outras vezes a paciência, mas e os erros, esses, sucediam-se depressa, já que, nem sempre se lhe escorria a bondade, e muitas vezes, se lhe vociferava a força, descentrada, rebelde, repentina e por consequência, uma força frágil, e inconsequente.
São precisos degraus, eram precisas etapas, foram precisas escadarias, de isolamento, de desconexão, até, se ver defronte, do meu portão. – Tenho de lá chegar acima!
Cá de cima, sinto-me ainda mais pequeno, a vontade ainda cá mora, ainda quero ganhar, o veneno!
Ao veneno, construí-lhe um canal, a ver se não me distraio, de lhe fazer sustento, ao bem, que cá dentro de mim eu sinto, tento regar-lhe todas as semanas, quando o faço, quando o rego, sussurro-lhe palavras de sucessos que se lhe ajustam ao cultivo e ao crescimento.
À paciência, a essa sozinho não consigo dissolver, mas cá de cima tenho-te pequeno ao meu lado, Nuno, ajuda-me a ser mais homem, como tu foste em criança, como eras em Luanda, onde em dias de praia, te deixavas, e vias ao longe, a linha do horizonte, a que chamavas o fundo do mar, muito bem.
Agora, junto-lhe a força, e que força, agora concentrada em ti, em mim, em quem mais, vier por bem.
São precisos degraus, amigos, estupidez e curiosidade, assim que arrisco, me descubro, assim que arrisco, me descubro, ao tentar dar-te, parte do que sou, assim sei que sou, posso assim dizer que vou? Sei que irei, que vou, contigo…
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