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domingo, abril 10

que comboio esse!

crescia em mim uma imensidão de satisfação e sossego colmatando essa vaga (momentânea) de pleno desassossego seco - momentânea, tudo é momentâneo por mais que nos custe admitir… faria de mim pessoa de menos luta já que funciono ao contrário da maioria.


soltava em mim ácidos, toxinas de amargo sabor e "cheiro a calor" caso me fosse dada essa oportunidade… pois suo medo quando tudo está bem e bebo para me sentir pior antes que termine um dia sem história - perguntando-me:

- quem sou? numa tarde cheia de nada, intangível como a crença se afigura nos seus dias menos bons.


nada de facto mudaria, porque o melhor (e o pior) que temos somos nós mesmos agora (e em qualquer momento). há quem sempre aprenda da forma que menos dignifica o ser humano mas não tem porque se parar se disso se faz a rotina, pois sempre se vai dizendo alguns bons dias… mesmo que isso que não corresponda ao que nos vai na alma (naquele momento).


libertar… por intermédio do quê - pergunto?… não é um acto para quem está livre, é um momento de pura verdade - compreensão entre iguais, ainda que companheiros na dor de episódios juntos vividos no pretérito perfeito - o comboio deve continuar, este comboio não pára!


… foi só uma intensa e dura passagem… que m'ajudou a ser mais pessoa que m'ensinou a andar direito até que partilhe a próxima paisagem com quem encontre ou esbarre alegre e esperançoso neste trem enquanto me perco em duvidas paralelamente me procuro e encontro aqui dentro deste trem solto e raro, com destino a quem? Só Deus saberá dizer…

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