quinta-feira, fevereiro 19
O tal canal
O olfacto, o meu tacto, os sentidos pertencem-me quando me predisponho a tanto, que no entanto deve de ser o elementar o que é de fundo necessário.
Nas leituras de páginas que se alternam, sem que nos possam dizer quando e que forma virá a tomar o futuro, nada depende de nada, tudo como que se desvenda, per se, em nosso leito, pairam as demais interrogações, em nosso leito vão-se também queimando algumas ilusões, descrença é um monstro que quero combater com todos os amigos que de facto curso reconhecer (queira Deus).
O mar deixa de ser o mar, passa a ser a praia um espelho do que outrora costumávamos ser, a noite deixa de ser a noite hoje quando saio, e passa a ser onde encontro-me noite após noite com os ressentidos de uma guerra (a vida é bela nós é que damos cabo dela), que tem de ser travada a todo o custo.
Onde sem probabilidade matemática, por vezes dou comigo a escutar de perto velhas mágoas de um antigo camarada de turma, resumindo-me a sua vida breve, até aquele instante num devaneio de experiências banais e que em nada me vêem enriquecer, sublinhadas pela calma e normalidade como fundamentos da experiência até aqui adquirida.
São ideias de outras vidas noutros lugares como um livro de histórias, não é o meu final de dia. Também não me empobrece é mais um canal. O tal canal. Quase não compreendo mas aceito, ou vou aceitando, enquanto cá ando. Por mim, principalmente por mim.
Vou me inventado novamente reinvestindo em quem me conhece. Vou deixar estar, indo focado em mim cada vez mais devagar numa profunda e calma busca, a cada passo lento me procuram e eu a cada passo lento me descubro.
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