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terça-feira, abril 13

Quem ganhou?

… e hoje, quando me dou conta penso que teria que ter sido assim não havia outra forma.

Apesar de …Os indícios eram bons quase me faziam ceder, sentados num sofá, calados, juntos mas sem envolvimento de mãos ou assim.


Sentia que estava perto da harmonia e do bem-estar, pois o meu olhar cedo percebia que a minha presença era esperada ali, talvez por isso me encolhia, nunca havia sido tão querido antes.

Ela, como que querendo o meu gesto mais quente, sentou-se junto a mim, a tv ligada passava uma comédia qualquer, um pretexto para nos soltarmos e viajar um pouco naquela tensão positiva, eu, quieto, gelando quente, tocando-a distante cheio de intenção, por dentro, contente por estar ali juntos só eu e ela, como que num finalmente de uma história épica qualquer dos tempos antigos.


Depois de anos e anos de batalhas descobri o meu outro eu, no entanto era ambíguo o sentimento, triste pois encontrava-me sem saber como fazer para ser melhor, agarrar o momento, mostrar que apesar de não possuir o jeito que gostaria de ter para me expressar melhor, eu gostava de estar ali, apenas dizer que era bom estar ali.

A ausência deste à vontade era coisa rara, fazia-me olhar para mim e ver-me vazio sem nada para dar só garra e luta me enchiam as ideias contra o medo de ser descoberto, roto.


Que bruto me sentia, que fiz eu de mim pensava estar à vontade com estes lugares-comuns?

… mas quando acordo e me dou conta teria de ter sido assim, desconheço outra forma de crescer, mas o amor tudo enfraquece, destrói do que temos de mal, desses tenho que me desviar dele pensava, pois esse mal também é meu, sou eu. Assim, ganhou o medo...


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