sábado, agosto 13
quinta-feira, agosto 11
Poca-terra poca-terra poca-terra...tuuuu tuuuu
Fui com o teu olhar… que contradição a nossa condição.
Logo nos guiamos por instintos distintos do que antes tínhamos em mente distantes de pensamentos, livres de reagir sem medo de sucumbir ao que não se pode perder por não se o ter.
Desci e subi a mesma montanha contigo que antes me parecia o Everest, sem que dor ou esgar de esforço não soubesse a recompensa de Natal, por me ter aguentado e perseverado nessa luta de te ver tão perto… assim participei.
Nunca fui de facilidades e por isso a vida complicou ou será que foi por isso? que é que eu sei de facto, sei que eu acordei num lugar estranho em que tudo o que eu antes achava que tinha me houvera sido roubado, nem meus pensamentos me deixava escutar o ruído desse lugar, acordei nesse lugar estranho no banco de trás…
Esqueci-me de lembrar enquanto o veículo se movia numa direcção certa e desnorteada… logo desfiz-me das memórias que inventámos em tempos enquanto saboreámos e almejámos conceitos e receitas… não necessariamente nessa ordem.
Assim me deixei levar esquecendo de olhar pelo retrovisor.
Mais tarde quando desce a poeira, amaina a tempestade me dou conta donde estou sem bússola que funcione mas com a alma e o coração bem juntos alegres e contentes por ter tanta estrada pra andar e procuro o trilho para logo te cruzar por mares de lençóis brancos percorrer o teu quarto ao sol quente, e planeio com mapas de estradas… esse comboio quem o dirige agora sou eu, mas nunca (inconscientemente) o consigo parar. Se eu quero..?
sexta-feira, agosto 5
Existe né mais velho?
…mas, quem disse que era verdade? Paz mundial, paz de espirito… xé menino isso é ilusão!
"Trabalhar, acreditar é ver um pouco mais do que eu sou…" do que somos como pessoas, frágeis ou fracos demais para lidarmos com o que desconhecemos por preconceito, estupidez ou arrogância mal conquistada.
- Mas essa paz nunca mais vem, mais velho? - Mas miúdo, quem disse que a paz era verdade te mentiu mesmo isso num tem.
Enfraquecidos por credos, rejuvenescidos por anseios, ricos por tudo o que é material, que grande barrigada de fome se adivinha assim. Quero avisos luminosos (em néon) descrição dos perfis de quem lá ao fundo se aproxima do meu nicho retratos de quem se rege por tais padrões, quero fumo de aviso amarelo que é a cor do medo dos cagões que se pavoneiam esquecendo que iguais a si mesmos nunca seremos nem mais nem melhor.
E aprendo assim, tristemente…. com a dura verdade, num dia ou lugar qualquer. Essa paz que não se instala em mim, em nós… qual jogo do empurra pois, porque ele há sempre quem se revolta contra o normal o que está até ver indo bem ou razoável vá-se lá a saber ao certo, mas que de certos pontos de vista deve por qualquer meio (para atingir um fim) melhorar.
-Eu já vi muita coisa que faz os homens ficar tristes menino, essa coisa num existe. - Calma. Levanta só a cabeça mais velho, eu sou teu kamba. É em ti que eu acredito!
Aprendo (da pior maneira) que somos animais (tubarões?) com talvez sentidos a mais, apenas pelo mau uso que lhos damos, os demais. No ardor da desconfiança gerada pelos homens, entre os homens me vou reconhecendo me vou confiando e afirmando como o general das minhas especiais e sedutoras batalhas, meus inimigos são agora o meu mais fiel espelho por isso trato-os com um amor animal onde paixões são postas em causa e juntos em harmonia de guerra meticulosamente nos testamos.
É nessa frustração no meu limbo que eu, curiosamente distante do que somos (uns animais é o que somos) sorrio, descontraio, ensurdeço, me ameaço, recupero, me perdoo e recomeço tudo outra vez uma nova vaga de complexos contextos ou lugares-comuns como na zona de rebentação das ondas do mar… recomeço tudo outra vez, do zero.
- Obrigado menino-homem, mas afinal quem se acredita assim é grande tipo rei, menino!? - É rei talvez, grande só se for amado com a dose de respeito inerente a quem e só a quem tudo na vida viu como tu mais velho, viveu todos os estados e sobreviveu, nem por isso se entregou, fincando pé na sua verdade, crença no homem dos homens… grande só se te tiver comigo assim como agora, amigo.
Nisto, algo mais forte me impulsiona não sei se a força do mar, ou o teu sempre nunca que não se cala em mim ecoando sons em mim, assim que, recomeço… Até que não mais exista eu ou a força do mar ou as ondas do mar para nos enrolar (inspirar) nem buracos negros para nos levar as más memórias que no fundo são boas visto serem minhas…
quinta-feira, agosto 4
"…ela tinha exigido que a deixasse definitivamente em paz. E não era ele que ia lhe fazer a guerra. Só havia uma solução, ele sabia. Qualquer pessoa lho diria, a mãe, o Kasseke, o Zeca, ou até o padrinho cabo-verdiano se soubesse do caso.
Esquece parte para outra. Sim, essa era a solução óbvia. E depois? Adiantava mesmo alguma coisa saber disso? Alguma vez algum enamorado ouviu essa voz dita da razão? E tinha até dúvidas que o melhor aliado para tais casos de dor de corno, o tempo, fizesse seriamente o seu trabalho.
Claro, é o que vem nos livros e todos os conselheiros sentimentais o proclamam, o tempo é o melhor remédio para olvidar. Sempre? Que significa o tempo em face de todo um passado, mesmo que curto, pensando na mulher amada? Qual é o peso do tempo em comparação com o do amor não correspondido?"
Pepetela in Predadores
domingo, julho 10
… sonhos me fizeste crer, reais mentiras meus sonhos,
fiz-te o meu coração em palavras, palavras que nunca roubei
mostrei que luz acendiam meus versos, e tu brilhaste igual…
hoje carrego a nossa culpa, sem palavras que descrevam
a falta que nos fazes, a ausência que só cresce… sem justificação
leve de porquês, pesada de acusações
porque sonho hoje carrego a nossa culpa
com ou sem ti, a vida vai seguir o seu curso
amanhã cantarei novas palavras, mas
porque não me quero esquecer nunca, hoje carrego a nossa culpa
e tanto de tanto de culpas e desculpas porquê?
quando tudo que eu quero és tu!
segunda-feira, junho 20
boas memórias virão, sempre...
… vontade de rir quando me lembro, quando esta cabeça se lembra de seleccionar o best of das memórias que vivi… um simples e inesquecível dia de praia na Ilha de Luanda, ainda nos tempos da praia na Sorefame… uma viagem de carro à beira-mar em que a ideia é curtir a jornada "um por todos e todos por um" com a convicção que temos tudo o que é preciso ter neste mundo neste dia para sermos quem queremos ser, sem ser preciso ser dono ou sem ter que mandar…
um estado de espirito que se instala e que a falar… falando tudo se posiciona alinhado com as infinitas estrelas que depois de um imenso sol quente de curtir a água do mar e peles com sabor a sal, sentem chegar a com noite.
Parece que nada do que faço hoje é em vão, tudo tem razão... quando me permite a paz de espirito compreender quem se anima quando me vê, quem me admira só por ser a esses claro que agradeço… mas nada é o que parece, e quem se parece somos nós até que nos deixamos disso e caminhamos em frente, contentes por estarmos aqui.
Quero ver o outro lado de mim, pois sei de facto que nem sempre será assim… que seja tão bom como imagino, porque imagino sim!
segunda-feira, junho 13
amargo Tejo
não sei, mas não corro há milénios… já nem sei se poderei correr como corri. sei o que vivi, disso fiz experiência assim que nunca me fiquei por ali, nem quando me perdi - antes correndo perdido à procura que descrente à tua espera, sim é coisa das coisas que aprendi.
Teus traços, teu rosto tão irreal igual era a nossa crença como um sonho - vejo-nos cirandando à toa pela zona velha de Lisboa procurando-nos (numa missão impossível) um ao outro, inspirados pelo Tejo em nos rever para sermos dois em um no amor… que sonho! este sonho recorrente, onde ambos nos sentimos no mesmo espaço sabemos estarmos os dois ali… ansiamos o momento que jamais virá, dura toda uma noite, cedemos a vampiros que se alimentam de olhares, surripiam de ilusões, crescem de infantis decisões, assim éramos os dois antes, até que dessa intensa e artificial madrugada nasceu um sol!
Queimando a dor de ter de ser quem eles querem que eu seja, de eu ter que ser quem eles querem que eu seja.
Dor que nos magoa dessa dor nasce corajoso um sorriso, o riso que me liberta, que faz com que cada passo meu seja de agora em frente incerto, assim morrerei tremendo de emoção sem nunca sentir o teu toque sóbrio... tu sempre tonta mulher, ou tudo ou nada sem,… sem toque de verdade, na verdade.